1. AGRADECIMENTOS
Gostaria de dirigir os meus sinceros agradecimentos a todos envolvidos no Programa de Residência Pedagógica, principalmente direcionados ao Núcleo de Licenciatura em Pedagogia da Universidade de Caxias do Sul, campus Universitário da Região dos Vinhedos – CARVI. Bem como, agradeço também ao educandário de regência escolar IEE Cecília Meireles, juntamente com todos os profissionais que me acolheram durante o período de residência e atividades, onde me orientaram e partilharam de seus ensinamentos, assim não medindo esforços para a minha prática docente ser um sucesso e ser realizada com qualidade e significado.
A minha docente preceptora Solange Lazzari, gostaria de agradecer a oportunidade que me foi concedida de realizar esta prática pedagógica, em um ambiente escolar que é de grande importância aos cidadãos de Bento Gonçalves e a mim que tenho grande carinho e admiração pelos profissionais desta escola.
A educadora titular da minha turma, Paula, gostaria de agradecer todo o apoio, orientação, explicação, carinho, atenção e disponibilidade prestada durante a regência escolar.
A minha docente orientadora Terciane Ângela Luchese, um especial agradecimento por ter me apoiado durante todo o processo e período de participação nestes dois módulos do programa, transmitindo sua sabedoria e seus ensinamentos.
É com grande carinho e felicidade que me despeço desta linda experiência docente ao final de dois módulos de participação, devido a conclusão do curso. É evidente que foram vivências que jamais esquecerei e que enriqueceram meu currículo profissional.
2. RELATO DE EXPERIÊNCIA
Neste presente relatório estão presentes algumas informações referentes ao processo de participação do Programa de Residência Pedagógica realizada ao longo de dois módulos, e que pela conclusão do curso me despeço e consequentemente me desligo desta singela experiência docente.
Desta forma, a intencionalidade ao ingressar no programa foste de participar do processo educativo e de ensino-aprendizagem, através da regência escolar proporcionada. Bem como, envolvi-me com o projeto voltado para a Alfabetização e letramento seguindo todas as orientações destinadas a mim como acadêmica e concluinte do curso de Licenciatura em Pedagogia, vinculada à Universidade de Caxias do Sul, campus Universitário da Região dos Vinhedos.
Bem, é com grande prazer e alegria que venho a partir dessa pequena introdução iniciar o meu relato de experiência vivenciado durante os dois módulos do Programa de Residência Pedagógica.
Foi no início de outubro de 2020 que se deu iniciação às atividades desta linda experiência, confesso que fiquei meia insegura em relação ao momento que estamos ainda vivendo devido a pandemia da COVID – 19, pelo fato de eu estar “acostumada” com uma realidade totalmente diferente da que me deparei ao ter os primeiros contatos com o educandário e os profissionais que lá atuam.
Assim, foi orientado como iríamos realizar a nossa regência escolar, devido aos protocolos de saúde pública e o distanciamento social. Era um momento muito delicado e totalmente novo para todos nós, já que fomos tirados das nossas zonas de conforto e assim, precisamos nos reinventar para conseguir chegar ao educando, estimulando-os com curiosidades e principalmente materiais atrativos, por serem totalmente remotas as aulas e planejamentos.
Nessa regência escolar do Módulo 1, fiquei responsável pelo auxílio de um educando do 5° ano, que havia necessidade de auxílio de reforço escolar como também em atividades pedagógicas.Assim, foram planejadas e enviadas atividades impressas vinculadas aos componentes curriculares de matemática e língua portuguesa, voltadas às temáticas de interpretação e compreensão textual, gêneros literários, sinais de pontuação, regras ortográficas, classes e ordens, antecessor e sucessor, composição e decomposição numérica, cálculos matemáticos envolvendo as quatro operações básicas e desafios matemáticos.
Ao longo da regência escolar do primeiro módulo aprendemos muitos e tivemos que nos desdobramos para planejar e também contextualizar com a realidade dos educandos, sempre pensando e tendo os maiores cuidados pois era um momento muito delicado, onde nenhum de nós tanto participantes, profissionais e famílias dos alunos estávamos preparados para enfrentar e dar continuidade à escola, para que o ano letivo não fosse perdido.
Deste modo, conseguimos finalizar o módulo 1 com qualidade e muitas aprendizagens significativas perante ao momento complicadíssimo que estávamos vivendo dia após dia.
Foi em abril de 2021, que se deu início ao segundo módulo com a continuidade da minha participação, foi um momento tumultuado da minha vida devido a finalização do curso e a grande demanda de tempo para a escrita do meu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Agradeço novamente e imensamente às minhas queridas profes que tiveram toda paciência do mundo e estiveram sempre muito atentas e prestativas para que eu conseguisse participar da regência escolar com grande qualidade e dedicação.
Assim, iniciou-se às atividades do Programa com encontro de estudos e formações pedagógicas com profissionais maravilhosos que enriqueceram imensamente esta vivência docente, além de reuniões do núcleo de Licenciatura em Pedagogia do Carvi, com combinações internas sobre a prática na instituição.
Como o projeto do Programa estava direcionado para a alfabetização e letramento e com todos os estudos realizados, segundo Kleiman (2007, p.02) diz que:
A diferença entre ensinar uma prática e ensinar para que o aluno desenvolva uma competência ou habilidade não é mera questão terminológica. Na escola, onde se predomina uma concepção da leitura e da escrita como competências, concebe-se a atividade de ler e de escrever como um conjunto de habilidades progressivamente desenvolvidas até se chegar a uma competência leitora e escritora ideal: a do usuário proficiente da língua escrita. Os estudos do letramento, por outro lado, partem de uma concepção de leitura e de escrita como práticas discursivas, com múltiplas funções e inseparáveis dos contextos em que se desenvolvem.
Assim, seguindo o projeto do Programa nós residentes tivemos a oportunidade. Tivemos também de estar em contato com as docentes titulares das turmas de regência, denominadas como 1° e 2° ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, turmas onde inicia-se o processo de alfabetização e letramento.
Foi neste momento, em que estas docentes nos passaram todas as informações possíveis e necessárias para a melhor aplicação dos planejamentos. Com a continuidade da pandemia da COVID -19, estava tudo muito confuso em relação aos decretos municipais e estaduais para a volta das crianças para a escola, sendo assim os primeiros contatos foram realizados de forma remota e com web reuniões síncronas.
Com o andamento da vacinação aos profissionais da educação, foi liberado a volta dos educandos para a instituição de ensino, porém com o escalonamento e também com a possibilidade de continuar remotamente os alunos que por algum motivo específico não poderiam retornar para o ambiente físico da escola.
Assim, nós residentes ficamos responsáveis pelo auxílio e suporte das turmas, cada participante do programa inserido em um grupo direcionando uma atenção especial para a turma de sua escolha. Eu Gabrieli, optei pela turma do 1° ano juntamente com mais duas colegas residentes, onde tivemos que constituir planejamentos semanais para a turma e aulas para o Google Meet através de atividades elaboradas e vinculadas às temáticas de Alfabetização e letramento e seus processos, diferenciação entre letras e números, elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita, comparação de capacidades ou massas, localização espacial, sequência numérica, diferenciação de consoante e vogal e diversidade cultural.
Pensando na minha escolha pela turma do 1° ano e pela iniciação da alfabetização e letramento, é preciso saber a diferenciação entre ambos para que assim, os planejamentos sejam efetuados com qualidade e aplicados com eficiência.
Consequentemente, evidencia Magda Soares (1998, P.39,40) a retomada e diferenciação destas duas habilidades e competências de ler e escrever, sabendo onde e como usar ambas adquiridas. É nesta linha de raciocínio que a autora focaliza:
[...] um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que saber ler e escrever, já o indivíduo letrado, indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita.
Desta forma, os planejamentos foram realizados com muito carinho e principalmente pensados detalhadamente a cada necessidade e também temática abordada, para que fosse atrativo e resultando em um aprendizado prazeroso e significativa
E foi pensando nisso e seguindo a linha de pensamento de nossa escritora, que os planejamentos foram pensados minuciosamente para cada educando em seu processo de ensino e aprendizagem, como também de alfabetização e letramento.
Desta mesma forma, também, fiquei responsável pelos planejamentos adaptados aos educandos inclusos, assim levando em consideração o diagnóstico de TEA. Bem como, as mesmas estavam vinculadas às temáticas de Alfabetização e letramento e seus processos, diferenciação entre letras e números, elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita, comparação de capacidades ou massas, localização espacial, sequência numérica, diferenciação de consoante e vogal e diversidade cultural.
Bem como, nesse planejamento tive ainda mais atenção e cuidado para planejar, pelo fato de ter experiência com o transtorno em minhas vivências pedagógicas deste o meu primeiro semestre de graduação. Assim, adaptando tudo o que fosse necessário para o melhor aproveitamento e também aprendizado deste educando.
Ressalta-se que todos os planejamentos passaram pela supervisão da docente orientadora Terciane, pela professora preceptora do Programa Profª Solange e também pela educadora titular da turma de regência Profª Paula. Em virtude disso, todas as educadoras após a revisão e supervisão dos planejamentos realizados por mim, entraram em contato comigo e assim, enviaram o seu feedback, como também sugestões e orientações para reorganizar os mesmos conforme as necessidades da turma e dos educandos consequentemente.
A partir destes planejamentos, cada residente foi para o educandário presencialmente em três turnos para o auxílio das atividades necessárias. Já eu fiquei responsável por uma educanda do 1° ano que não podia voltar para as aulas presenciais, assim planejando remotamente e também aulas síncronas mediadas pelo Google Meet, através de atividades elaboradas e vinculadas aos componentes curriculares e suas respectivas temáticas, como: Ciências de higiene bucal, Geografia - continuação sobre o tipo de moradia que vive, Matemática - fixação de números até 30, História - meios de comunicação, Língua Portuguesa e Produções Interativas - introdução a letra F e fixação das sílabas fa-fe-fi-fo-fu e Ensino Religioso - como controlar a raiva e sentimentos ruins.
Essa experiência foi maravilhosa, tive retorno totalmente positivo da família e da educanda com enorme participação e empolgação na aula síncrona e também nas remotas, foi realmente uma prática que me enriqueceu como profissional.
Já dizia Paulo Freire (1997, p.23):
Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprender ensina ao aprender. Quem ensina, ensina alguma coisa a alguém. Por isso é que, do ponto de vista gramatical, o verbo ensinar é um verbo transitivo-relativo. Verbo que pede um objeto direto – alguma coisa – e um objeto indireto – a alguém.
Dessa forma, finalizo o meu relato desta experiência docente encantadora e maravilhosa proporcionada pelo Programa de Residência Pedagógica, vinculada à Universidade de Caxias do Sul e juntamente com a IEE Cecília Meireles.
É com grande carinho e um sentimento de missão cumprida que me despeço e me desligo desta experiência, devido a conclusão do curso.
Fonte: https://www.belasmensagens.com.br/despedida
3. REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D’Água, 1997.
KLEIMAN B. Angela, Preciso ensinar Letramento? Não basta ensinar a ler e a escrever?Cefiel/ IEL/ Unicamp, 2005-2010.
SOARES Magda, Letramento:Um tema em três gêneros/ Magda Soares, Belo Horizonte: Autêntica, 1998, 12
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